Salvador cresce sem planejamento, diz presidente do CAU
A verticalização de algumasáreas de Salvador está acontecendo sem uma infraestrutura idealizada para dar suporte a esse processo. Essa é a opinião do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA), o arquiteto e professor Guivaldo D’Alexandria Baptista. Segundo ele, não existeplanejamento para o futuro de Salvador no sentido de propor projetos de infraestrutura que atendam ao“em torno” dessas áreas.
“É uma forma inescrupulosa de pensar a cidade. Esse pensar impõe o acompanhamento e a assessoria dosprofissionais que detêm a formação e por esta razão estão legitimadostecnicamente a atuarem na matéria, que são os arquitetos e urbanistas”, destaca ele, acrescentando que esses profissionais são os verdadeiros “advogados das cidades”.
O presidente do CAU ressalta ainda que só os arquitetos e urbanistas são habilitados e legitimados a “apresentar alternativas e conformar soluções adequadas às demandas sociais que se apresentam, noque tange ao planejamento urbano”.
Nessa mesma linha de raciocínio, Guivaldo faz duras críticas ao projeto da Linha Viva, uma via de 17,7 km, que sairá do Acesso Norte até aregião do CIA/Aeroporto. “O que se busca é desafogar o tráfego na AvenidaParalela, mas a que preço e para quem se destina tal empreendimento?”, pergunta o presidente do CAU.
Segundo Guivaldo só circularão pela via carros particulares, o que ele discorda. Para o presidente do CAU deveria trafegar também pela Linha Viva o transporte destinado à locomoção coletiva ede massas.
Além disso, acrescenta o arquiteto, tem ainda os impactos ambientaisirreversíveis, “que sequer cuidaram de ser discutidos e analisados”.